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Polícia volta a ser mobilizada para travar possíveis manifestações em Maputo


Polícia de Moçambique, Marginal de Maputo
Polícia de Moçambique, Marginal de Maputo

Moçambique voltou, nesta quarta-feira, a viver sob ameaças de manifestações públicas, tendo as autoridades mobilizado a Polícia da República para controlar os ânimos de vendedores do Mercado do Peixe que exigem taxas justas.

O Mercado do Peixe, na marginal de Maputo, é um dos principais pontos turísticos da cidade.

Empunhando cartazes entoando cânticos reivindicativos, sob olhar atento de um considerável efectivo policial fortemente armado, dezenas de vendedores condicionaram a circulação rodoviária, durante algumas horas, em demonstração do seu desagrado.

Polícia volta a ser mobilizada para travar possíveis manifestações em Maputo
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"Aqui pagamos taxas muito altas que tornam a nossa actividade insustentável" disse uma das manifestantes.

Município diz que não há nada a pagar

Por outro lado, os comerciantes exigem compensações pelo tempo que ocuparam o antigo mercado, onde foram transferidos há seis anos, por estarem a ver no local, o nascimento de um projecto imobiliário.

"Queremos dinheiro do antigo mercado, onde fomos retirados sem compensação, porque para estar valorizado é porque durante décadas cuidamos do local até ser apreciado" disse uma das manifestantes.

O vereador de mercados e feiras da capital, Danúbio Lado, reagiu ao levantamento, mostrando o parecer da edilidade.

"Foram alocados aqui no mercado do peixe com melhores condições sem compromisso de quaisquer compensações. Ademais, receberam aqui novas infraestruturas, para desenvolver a actividade em melhores condições" disse o vereador.

Polícia em alerta

Paralelamente ao levantamento dos vendedores, voltam a circular na capital, mensagem convocando manifestação.

O comandante geral da PRM, Bernardino Rafael, diz que a polícia está atenta e posicionada para o que der e vier.

"Estamos nas vias públicas, nas grandes praças e terminais rodoviários a trabalhar e pedimos para que colaborem connosco", disse Rafael.

Ele justificou que "queremos prevenir para que as pessoas não avancem para qualquer manifestação, porque as manifestações só retardam o nosso desenvolvimento".

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