A Polícia da República de Moçambique libertou os jornalistas sul-africanos Bongani Siziba e Sbonelo Mkhasibe, que haviam sido detidos, na quinta-feira, 14, na cobertura das manifestações eleitorais, em Maputo.
O ministério sul-africano das Relações Internacionais e Cooperaçao disse ao News24 que Siziba e Mkhasibe foram soltos após a verificação das suas credenciais e engajamento diplomático.
A News Central, televisão nigeriana para a qual os dois trabalham, disse que ainda não havia falado diretamente com eles, mas confirmou a libertação.
As autoridades moçambicanas não comentaram sobre a detenção, que é condenada por ativistas de direitos humanos como uma forma de bloquear a liberdade de expressão.
Adriano Nuvunga, director do Centro de Democracia e Desenvolvimento, diz que a detenção dos jornalistas foi deliberada, com o intuito de ocultar o que acontece em Moçambique.
Os jornalistas “foram encontrados a fazer uma fotografia e segundo-se se disse pensava-se que iriam partilhar com os grupos que querem atacar as infraestruturas”, diz Nuvunga.
Nuvunga conclui que “essa é uma justificação formal da intimidação, seviciamento das liberdades em Moçambique”.
Recorde-se que as manifestações pela justiça eleitoral foram convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, do PODEMOS, que reivindica vitória na votação de 9 de Outubro.
Antes das divulgação dos resultados, desconhecidos assassinaram o advogado de Mondlane, Elvino Dias, e o mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe.
Até agora, a sociedade civil conta mais de trinta pessoas mortas nas manifestações, em que a polícia é acusada de usar balas reais.
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