No Brasil, cresce a preocupação, entre os políticos, em torno de novos desdobramentos da Lava jato.
Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o ex-presidente do Brasil José Sarney afirmou que a empreiteira Odebrecht estaria prestes a fazer na Lava Jato uma delação premiada e que isso seria uma metralhadora de calibre ponto 100.
Sarney fez o comentário após Machado afirmar que o número de delações na Lava Jato iria aumentar, viriam "às pencas".
Machado assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
Nas conversas com Machado, o ex-presidente disse que os escândalos na Petrobras, revelados pela Lava Jato, eram de responsabilidade do governo.
Os diálogos entre Sarney e Machado foram revelados nesta semana pelo jornal Folha de São Paulo.
"Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o Governo que fez isso tudo, hein?", indagou Sarney, nas conversas.
Em resposta, Machado disse que Lula "acabou".
Os políticos falam ainda em fazer um acordo para salvar Dilma Rousseff e Lula da Silva.
O director-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, disse que não há espaços para pressões na investigação.
“A Polícia Federal tem uma estrutura e uma cultura de polícia legalista. Nós cumprimos a lei, usamos os instrumentos que a lei nos permite, e não há forma ou maneira de fazer pressão, discutir pressão, ” afirmou.
Daiello explicou que “por sermos legalistas, a Polícia Federal cumpre a lei. Usamos os instrumentos que a lei permite, todos eles. Não falamos em pressão. A Polícia Federal continua trabalhando dentro dos padrões legais do direito penal e processual brasileiro”.