A polícia angolana admite que o rapto de cidadãos é uma nova prática criminal que visa pedir regastes, mas se antes aconteciam entre chineses, agora os alvos podem ser qualquer estrangeiro.
Em declarações à RNA nesta segunda-feira, o director provincial de Luanda da Polícia de Ordem Pública, superintendente-chefe Mateus André disse que, em Abril, foram conhecidos raptos por homens armados, em Luanda, de um cidadão de dupla nacionalidade, belga e libanês, que foi libertado em troca de dinheiro, e também de dois chineses e um francês.
André revelou que tudo “começou com cidadãos de nacionalidade chinesa que procediam ao rapto de cidadãos da mesma nacionalidade, com algum poder económico e financeiro, e que depois negociavam um resgate", tendo a polícia desarticulado “ totalmente esta organização”.
Entretanto, garantiu, “o processo permitiu que recrutassem determinados nacionais, que foram dando continuidade a este fenómeno".
Num debate na rádio pública, aquele responsável refutou que os estrangeiros sejam um alvo da criminalidade violenta em Luanda e classificou este novo fenómeno de raptos como resultado da crise.
Mateus André concluiu que, na última semana, este tipo de roubo terá rendido "menos de 1.000 dólares", o que, segundo ele, é pouco para "quem já roubava cento e tal mil dólares”.