A Polícia de Moçambique disse não ter encontrado nenhuma vala comum com corpos humanos “e nem foi identificado nenhum denunciante da situação".
A declaração foi feita nesta sexta-feira, 29, em Maputo pelo porta-voz da polícia Inácio Dina.
Aquele oficial disse ter uma equipa no local, que não confirma a notícia.
Entretanto, Dina apelou aos órgão de comunicação social que colaborem na identificação do lugar “para que em conjunto e de forma específica possamos esclarecer esta informação, que preocupa os moçambicanos que vivem em cada canto deste país”.
Por outro lado, o administrador da Gorongosa Manuel Jamaca, num comunicado citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), afirma que uma equipa do Governo distrital foi enviada ao local, na zona 76, posto administrativo de Canda, mas não encontrou a referida vala comum, que, segundo os camponeses, terá mais de 100 cadáveres.
A zona é descrita como de difícil acesso e de risco elevado, dada a presença de militares no local.
Camponeses disseram ao correspondente da VOA, ontem em Chimoio, que uma vala comum, com mais de 100 corpos, presumivelmente de civis, foi descoberta na quarta-feira, 27, na zona 76, no posto administrativo de Canda, interior da Gorongosa, na província moçambicana.
As mesmas fontes disseram que vários corpos, alguns já em ossadas, estavam estatelados numa antiga escavação a céu aberto, de onde se extraía saibro para as obras de reabilitação da N1, a principal estrada de Moçambique.
Em declarações à VOA, o administrador Manuel Jamaca não confirmou nem desmentiu a descoberta da vala comum, afiançando que o grupo de camponeses deveria ajudar as autoridades a investigar a situação.
“Neste momento não tenho nenhuma informação, não posso nem confirmar, nem desmentir”, declarou Jamaca.
A polícia de Sofala anunciou hoje, 29, que vai iniciar uma investigação para apurar a veracidade da denúncia da descoberta da vala comum.