A polícia do Estado americano de Missouri matou um jovem negro na madrugada de hoje, 24, depois de ter empunhado uma arma contra um agente da corporação. Uma senhora que se identificou como sendo mãe do jovem diz ter ouvido outra versão da história.
O porta-voz do departamento de polícia de Berkeley, um subúrbio de St. Louis, revelou que o agente aproximou-se de dois homens que se encontravam num posto de combustível numa acção de rotina. No momento, um dos homens apontou uma arma contra o policia, que se sentiu obrigado a disparar. A segunda pessoa fugiu do local.
De seguida dezenas de moradores acorreram ao local do tiroteio e enfrentaram a polícia. Pelo menos dois objectos foram atirados contra os agentes, tendo um deles explodido, mas sem provocar qualquer estrago ou vítima.
O jornal St. Louis Post-Dispatch disse que o jovem de 18 anos de idade chama-se António Martin.
Uma mulher que se identificou como sendo a mãe de Martin disse aos jornalistas que a namorada do seu filho contou uma versão diferente dos factos, segundo a qual os dois jovens estavam apenas andando quando foram atacados pela polícia. Mas não deu mais detalhes.
Jon Belmar, chefe da polícia de St. Louis tem a seguinte versão: "Nós não acreditamos que tenha havido qualquer tiro disparado pelo suspeito. Ele estava armado com uma nove milímetros ponto alto. Tinha um número de série apagado”.
Belmar adintou ainda que o suspeito tinha um historial de problemas com a lei, incluindo assaltos e roubo a mão armada
Por seu lado, o presidente da câmara de Berkeley Theodore Hoskins afirmou em conferência de imprensa hoje que o policia pode ter salvo a sua própria vida ao atirar no suspeito.
Berkeley faz fronteira com a cidade de Ferguson, onde Michael Brown, um homem negro desarmado, foi morto a tiros durante um confronto de rua com um policia branco em Agosto.
Este é mais um caso que vai alimentar a elevada tensão existente entre a polícia e a população, principalmente a afro-americana