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Polícia impede manifestação em Malanje


A celebração do 4 de Janeiro como feriado nacional era um dos principais objectivos da manifestação pública.

Em Angola, a primeira de duas manifestações convocadas pela União de Activistas das 18 Províncias que prevista para hoje no Largo 4 de Fevereiro na cidade de Malanje foi abafada com a presença de aparatosos dispositivos policiais nas principais entradas da localidade.

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A celebração do 4 de Janeiro como feriado nacional era um dos principais objectivos da manifestação pública.

Kakienze, um dos organizadores da marcha que tinha como ponto de partida aquela praça com destino às imediações do governo desta província numa distância de 100 metros, disse que as autoridades policiais não deram espaço e perseguiram os protagonistas.

“Nós distribuímos panfletos em quase todos os cantos de Malanje, na praça da Tchauande, na municipal, lá junto ao governo da província, estava tudo pronto para sair mas o que aconteceu, eles barraram todos cantos”, disse, justificando que “nenhum homem pode entrar hoje na cidade, principalmente se tiver uma pasta ou uma bolsa ou, qualquer coisa, é revistado”.

O activista garantiu que foram distribuídos mais de dois mil panfletos nos principais centros de concentração desta urbe e nas cercanias do governo provincial.

O integrante da União de Activistas das 18 Províncias, Kakienze disse que foram impossibilitados de saírem à rua este sábado, mas está confiante numa proeza amanhã, domingo ou no próximo dia 4 de Abril, numa homenagem aos moto-taxistas de Malanje.

“Nós não vamos ficar por aqui, uma vez que eles nos deram corrida, dia 4 de Abril nós estaremos de novo aqui em Malanje para uma outra marcha a favor dos Kupapatas”, garantiu.

A primeira tentativa de manifestação pública independente foi assim frustrada hoje pelas autoridades policiais do município de Malanje. Oficialmente não está confirmada a detenção de elementos da equipa dos organizadores ou de possíveis aderentes.

Em Malanje, o acto político provincial do 4 de Janeiro, “Dia do Mártires da Repressão Colonial” acontece amanhã no município do Quela, 110 quilometros a norte desta cidade, onde está agendada uma palestra sobre os acontecimentos do 4 de Janeiro de 1961 que será presidida pelos sobreviventes do massacre soba Teka-Dia-Kinda e Kima-Teka.

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