A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 27 de Julho, o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, em nova fase da operação Lava Jato, por suspeita de ter recebido um pagamento de 3 milhões de reais da empreiteira da Odebrecht.
Bendine recebeu aquele valor com outros parceiros, durante curso da maior investigação de combate à corrupção da história do Brasil.
Bendine foi presidente-executivo da Petrobras de Fevereiro de 2015 a Maio de 2016, tendo sido indicado para o cargo pela então Presidente Dilma Rousseff após a deflagração da Lava Jato. Antes de assumir a petroleira, Bendine fora presidente do Banco do Brasil.
De acordo com as investigações, Bendine já havia solicitado pagamento de suborno no valor de 17 milhões de reais à Odebrecht na época em que estava à frente do banco para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da empreiteira, mas o pagamento não foi efectuado, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Mais tarde, Bendine e os seus operadores voltaram a pedir pagamento de suborno à Odebrecht, que acabou por pagar 3 milhões de reais de forma irregular, escreve a Reuters, em troca de benefícios dentro da empresa estatal de petróleo, inclusive em relação às consequências da Lava Jato, de acordo com os investigadores.
"A colaboração premiada dos executivos da Odebrecht foi o ponto de partida das investigações. A partir daí, a investigação se aprofundou e revelou estreitos vínculos entre os investigados e permitiu colher provas de corroboração dos ilícitos narrados", disse o MPF em comunicado.
A operação desta quinta-feira, 42ª fase da Lava Jato, recebeu o nome de "Cobra", em referência ao codinome dado a Bendine nas planilhas de pagamentos ilegais da Odebrecht, de acordo com a Polícia Federal.
Reuters