No Brasil, o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, é alvo nesta sexta-feira, 9, da nova fase da Oepração Lava Jato.
Na Operação Buona Fortuna, a Polícia Federal fez buscas na casa dele e o sobrinho, Luiz Appolonio Neto, também é alvo da operação.
As investigações identificaram os mesmos crimes das outras fases da Lava Jato.
De acordo com os investigadores, as obras da usina de Belo Monte, no Pará, envolveram pagamento de luvas no valor de 135 milhões de reais.
Desse total, 60 milhões foram para o Partido dos Trabalhadores, outros 60 milhões para o PMDB e 15 milhões para empresas vinculadas, directa ou indirectamente, ao ex-ministro Delfim Netto.
O nome dele apareceu na delação de Flávio Barra, ex-executivo da construtora Andrade Gutierrez.
O delator afirmou ter pago 15 milhões ao político.
O Ministério Público Federal disse ter rastreado até agora quatro milhões de reais.
Mas a maior parte da propina, segundo a Polícia Federal, foi paga por meio de contratos fictícios de empresas do sobrinho do ex-minsitro, Luiz Apollonio Neto.
Em nota, os advogados de Delfim Netto disseram que ele não ocupa cargo público desde 2006 e que "não cometeu nenhum acto ilícito em qualquer tempo".
Os valores que recebeu, ainda conforme a defesa, foram "honorários por consultoria prestada".
O PMDB afirma que não recebeu luvas nem recursos desviados no Consórcio Norte Energia e lamentou que "uma pessoa da importância do ex-deputado Delfim Neto esteja indevidamente citada no processo".
Também em nota, o PT diz que "as acusações dos procuradores da Lava Jato ao partido na investigação sobre a usina de Belo Monte, não têm o menor fundamento.
Na medida em que se aproximam as eleições, eles tentam criminalizar o PT, usando a palavra de delatores que buscam benefícios penais e financeiros".
A empresa OAS disse que não vai se manifestar.