O porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique Pedro Cossa disse à Voz da América que o sequestro do empresário Mohamed Bashir Suleman é produto de organizações criminosas que operam no país.
Sem gravar entrevista por se encontrar numa reunião, Cossa reiterou as afirmações veiculadas hoje pelo Canal de Moçambique, que o citam e segundo as quais não há qualquer relação entre o sequestro de Bashir Suleman e a notícia veiculada por órgãos de informação quenianos e indianos sobre as prisões efectuadas recentemente no Quénia, numa operação em que foram presas quatro pessoas por alegado envolvimento no tráfico de droga.
“Estamos perante um crime organizado. Neste momento estamos a trabalhar e estamos num bom caminho com vista a esclarecermos este caso com rapidez”, disse o porta-voz da polícia de moçambique.
Questionado sobre as informações que associam o desaparecimento do empresário ao desmantelamento, no Quénia, de um grupo envolvido no tráfico de droga, uma operação em que está envolvida a agência de combate à droga dos Estados Unidos, a Drug Enforcement Agency (DEA), Cossa disse que não tinha informação e nem irá contactar as autoridades policiais quenianas, uma vez que a Procuradoria-Geral da República já se pronunciou na devida altura, quando os americanos apontaram o empresário com “barão da droga”.
Na altura, a Procuradoria-Geral da Repúbica disse não haver provas de ligação de Bachir Souleman ao tráfico de drogas.