A Polícia Federal brasileira prendeu nesta segunda-feira, 4, 80 pessoas numa operação de combate ao tráfico internacional de drogas.
A acção foi realizada em cinco Estados e no Distrito Federal e investigou um grupo que usava a cidade de São Paulo como entreposto e o porto de Santos como principal local de saída da droga.
Das oitenta prisões, 77 são preventivas e 3 temporárias.
A polícia revelou que o grupo traficou mais de seis toneladas de cocaína pura para a Europa durante um ano.
Cerca de 820 agentes federais cumpriram 190 mandados de busca e apreensão, 120 mandados de prisão e sete mandados de prisão temporária.
As investigações começaram em Agosto de 2016, após cooperação policial internacional entre a PF e a DEA (agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas) durante cinco apreensões de cocaína realizadas entre os meses de Agosto de 2015 e Julho de 2016 .
"Pelas suas características, levantou-se a suspeita de que um mesmo grupo tivesse sido responsável por todas as remessas, que totalizaram 2,1 toneladas", disse a Polícia Federal.
Diferentes grupos organizados e especializados, que actuavam no Brasil e na Europa, associavam conforme as necessidades que tinham em cada negócio que pretendiam realizar.
A operação
A cocaína pura vinha dos países produtores para ser depositada em diversos locais na cidade de São Paulo e ser enviada à Europa por via marítima.
Os seguranças no Porto de Santos, o mais importante do Brasil, deixavam veículos com a droga entrarem tranquilamente no porto durante a noite.
Os lacres de contendores eram quebrados e a droga armazenada no interior.
Durante a operação, funcionários chegavam a apagar as luzes de trechos do porto e virar câmaras de segurança.
O nome da operação remete a um dos destinos da droga, o porto de Antuérpia (Bélgica).
Brabo seria um soldado romano que teria libertado os habitantes da região do rio Escalda, onde se localiza Antuérpia, do jugo de um gigante e jogado sua mão no rio.
A lenda deu origem ao nome da cidade.