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Política na América: Plano de Trump para Gaza entre falta de apoio e esperança


Lindsey Graham
Lindsey Graham

Senador republicano diz não haver apoio para o plano, mas enviado especial do Presidente fala em avanços

O destacado senador republicano Lindsey Graham afirmou que o plano do Presidente Donald Trump para retirar os palestinianos da Faixa de Gaza e transforma-la na “Riviera do Médio Oriente” não tem o apoio necessário para ser aprovado pelo Congresso.

Política na América: Senador Republicano diz que não há apoio no congresso para proposta de Donald Trump para Gaza - 4:23
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Este posicionamento acontece ao mesmo tempo que o enviado do Presidente americano para o Médio Oriente indica que a proposta de Trump poderia apenas ter tido como objetivo provocar uma discussão sobre o futuro da Faixa de Gaza após décadas de planos de paz fracassados.

O senador republicano Lindsey Graham disse, na segunda-feira, 17, que mesmo dentro do Partido Republicano há oposição a essa proposta

“Há muito pouco apetite para os Estados Unidos assumirem controlo de Gaza seja qual fôr o modo ou feitio”, disse Graham em Israel, onde se encontra de visita como parte de uma delegação bi-partidária do Congresso.

O plano de Trump

Um dos mais controversos planos do Presidente Donald Trump é o da retirada de toda a população palestiniana da Faixa de Gaza, com os Estados Unidos a assumirem controlo dessa zona para construir o que o ele chamou de “Riviera do Médio Oriente”.

Na sua proposta, que apanhou aliados mesmo dentro dos Estados Unidos de surpresa, Trump propôs que os mais de dois milhões de palestinianos fossem enviados para o Egito, Jordânia e Arábia Saudita, o que foi imediatamente rejeitado por aqueles países.

Muitas organizações internacionais disseram que tal iniciativa seria uma limpeza étnica e um crime face à lei internacional.

Enviado diz que Trump provocou discussão

Entretanto, o enviado especial de Donald Trump para o Médio Oriente indicou, pela primeira vez, que a proposta de Trump pode ter sido apenas uma estratégia para forçar novas propostas dos lideres da região

Steve Witkoff
Steve Witkoff

Ao falar à estação de televisão Fox, Steve Witkoff disse não ter ficado surpreendido com as críticas à proposta do Presidente e que “isso acontece quando propostas novas e únicas vêm à tona”.

“Mas também incentivou muita conversa. Portanto, agora temos os egípcios a dizer, ‘temos um plano’. os jordanianos a dizerem ‘temos um plano’”, acrescentou o enviado em referência a declarações daqueles governos de que os países árabes estão a preparar um plano alternativo para o território.

Para Witkoff, a posição do Presidente Trump é de que não se pode insistir numa “receita política implementada nas últimas quatro ou cinco décadas que não funcionou”.

“Por isso, talvez precisemos explorar novas prescrições políticas que, em última análise, acabem por resultar numa vida melhor para os habitantes de Gaza e os palestinianos”, acrescentou Witkoff, para quem, devido à proposta inicial de Donald Trump “estamos a envolvermo-nos numa conversa produtiva sobre o que é melhor para Gaza e como podemos melhorar a vida das pessoas”.

“Acho que é um programa melhor”, concluiu aquele enviado especial.

Na segunda-feira, 17, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, avistou-se em Riade com o príncipe herdeiro da Arábia Saudigta, Mohammed bin Salman, e um porta-voz disse que no encontro Rubio “sublinhou a importância de um mecanismo para Gaza que contribua para a segurança regional”.

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