Links de Acesso

Polícia invade casa do líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo


Mariano Nhongo, líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo
Mariano Nhongo, líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo

Mariano Nhongo é acusado de envolvimento em ataques no centro do país

A Polícia da República de Moçambique (PRM) invadiu um esconderijo de Mariano Nhongo no interior da província de Sofala e apreendeu roupas, alimentos e utensílios domésticos usados pelo líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, ao qual são atribuídos vários ataques.

A informação foi avançada nesta quarta-feira, 6, por Daniel Macuácua, porta-voz do comando provincial da PRM em conferência de imprensa.

As “operações de perseguição” foram iniciadas a 28 de Setembro pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) que chegaram ao esconderijo de Mariano Nhongo nas matas densas de Zove, interior de Inhaminga, no distrito de Cheringoma, em Sofala, pouco depois do líder dissidente e seus elementos terem “saído em debandada.”

“Como resultado das ações operativas no local, estes saíram em debandada, deixando para trás os seguintes bens: roupa pessoal de Mariano Nhongo, seis pratos, uma panela, medicamentos, géneros alimentícios diversos tais como, feijão, arroz, farinha, e óleo alimentar”, explicou Macuácua.

No local, ainda segundo aquele porta-voz, foram igualmente recuperadas capulanas – tecido tradicional africano – “roubadas no estabelecimento comercial em Chinapamimba, posto administrativo de Galinha, distrito de Muanza, no dia 9 de Setembro ”.

Na ocasião, a Polícia atribuiu o assalto aos dissidentes do maior partido da oposição em Moçambique.

“As operações no terreno continuam”, precisou Daniel Macuacua na conferência de imprensa sem direito a perguntas.

As FDS justificaram a operação para “reposição da ordem” na província de Sofala face aos ataques da autoproclama Junta Militar da Renamo, a quem são atribuídos emboscadas e ataques de viaturas nas principais estradas e aldeias no centro de Moçambique.

Nas celebrações dos 29 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), a 4 de Outubro, o Presidente moçambicano Filipe Nyusi, reiterou os apelos para o líder dissidente da Renamo aderir ao processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) social, que Mariano Nhongo recusa em participar.

XS
SM
MD
LG