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Poder angolano coloca informantes dentro do tribunal, acusam familiares dos activistas


Activistas angolanos em tribunal
Activistas angolanos em tribunal

Hitler Chiconda “Samussuku", Luaty Beirão e e Mbanza Mbanza Hanza vão responder também por danos contra a propriedade do Estado por escreverem palavras de ordem nos uniformes.

A sala do Tribunal Provincial de Luanda, no Benfica, que acolhe o julgamento dos activistas angolanos está cheia de pessoas que não são parentes, ao contrário do que decidiu o juiz Januário Domingos José.

Desde o primeiro dia, as autoridades do tribunal disseram que apenas dois parentes por cada um dos 17 réus podiam entrar numa sala com capacidade para 80 pessoas e os cerca de 30 profissionais da imprensa presentes.

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O juiz não permitiu a entrada de diplomatas dos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e União Europeia que, diariamente, têm tentado assistir ao julgamento.

A partir da tarde do primeiro dia, 16, o juiz decidiu também que os jornalistas não podiam assistir aos interrogatórios dos réus e que apenas poderão voltar a entrar na sala para as alegações finais, quesitos e leitura do acórdão.

Entretanto, a sala está cheia de pessoas próximas do poder,, segundo soube a VOA, serve de fonte de informações da imprensa oficial.

A esposa do réu Luaty Beirão, Mónica Almeida, denunciou o facto de ter encontrado pessoas que não eram parentes dos réus.

Um, disse, era estudante de Direito.

Julgamento dos activistas em Luanda
Julgamento dos activistas em Luanda

Entretanto, nesta Quarta-feira, as autoridades angolanas reforçaram a segurança perto do tribunal.

Durante o interrogatório do réu Hitler Chiconda “Samussuku” na manhã de hoje, o juiz Januário Domingos José quis saber quem é o líder do grupo.

O advogado de defesa e uma procuradora tiveram um altercado de palavras quando, segundo fontes no local, a integrante do Ministério Público teria usado uma peruca que cobria uma boa parte do rosto.

O advogado David Mendes alegou não conhecer a procuradora e esta rispostou dizendo que o seu nome está em todas as actas das sessões.

Em relação ao cabelo, ela disse que "faz o que lhe apetece", relataram as mesmas fontes.

No final da audiência de hoje, os réus Hitler Chiconda "Samussuku", Luaty Beirão e e Mbanza Mbanza Hanza ficaram a saber que vão responder também por danos contra a propriedade do Estado por escreverem palavras de ordem nos uniformes prisionais.

O julgamento continua e está previsto terminar na Sexta-feira, 20.

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