O primeiro-ministro moçambicano Carlos Agostinho do Rosário apontou hoje a má qualidade das obras como uma das causas da destruição das infraestruturas públicas na província de Inhambane durante a passagem do ciclone tropical "Dineo".
"O grande problema é a qualidade das obras, os projectos de construção tem de ter em conta que, no nosso país, sempre haverá ciclones", afirmou Rosário em declarações a jornalistas após uma visita a empreendimentos destruídos pela intempérie na semana passada.
As entidades responsáveis, prosseguiu o governante, devem intensificar a fiscalização das obras, para verificar a sua conformidade com os requisitos de segurança e manutenção.
"O orçamento que é planificado para a construção não é aplicado, porque os empreiteiros querem ficar com o dinheiro", acusou Carlos Agostinho do Rosário.
Sete pessoas morreram e mais de 650 mil foram afectadas pelo ciclone tropical "Dineo", que destruiu igualmente mais de 100 infraestruturas públicas, incluindo edifícios do Governo, unidades sanitárias e escolas, um prejuízo avaliado em 12 milhões de euros.
Moçambique é ciclicamente atingido por ciclones e cheias, responsáveis por avultados danos materiais e mortes.
PM moçambicano: má qualidade das infra-estruturas como causa da destruição provocada por ciclone
"Empreiteiros querem ficar com o dinheiro", acusou Carlos Agostinho do Rosário.