O novo Governo da Guiné-Bissau está a dar sinal de reaproximação com a comunidade internacional, que viu a sua expectativa frustrada com a crise política de há três anos.
Hoje, em duas frentes, o primeiro-ministro, Aristides Gomes, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Ribeiro Butiam Có, estiveram reunidos com o corpo diplomático.
Com missão prioritária, assente na realização de eleições legislativas, de 18 de Novembro, o novo Executivo não quer perder tempo e, assim, chamou representantes de organizações internacionais e embaixadores residentes, em Bissau, para se apresentar e falar dos seus objetivos imediatos.
Aristides Gomes, com uma agenda definida, afirma que os problemas da Guiné-Bissau, não se devem à falta de credibilidade dos processos eleitorais:
“As crises políticas, na Guiné-Bissau nunca se deveram à forma de realizar as eleições. Os nossos problemas começam depois das eleições, as instituições do nosso Estado não conseguem absorver os programas que são traçados pelos partidos políticos e pelos governos”, afirmou.
Gomes adiantou que vai “ negociar com todas as forcas políticas, a direcção que se deve seguir para realizar as reformas do Estado”.
Refira-se que os membros da Comissão Nacional de Eleições foram empossadas nesta segunda-feira, 30, pelo presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá.