O Presidente de São Tomé e Príncipe e candidato à sua própria sucessão anunciou nesta segunda-feira, 25, que não vai participar na segunda volta da eleição que deve acontecer a 7 de Agosto.
Em conferência de imprensa no Palácio do Morro da Trindade, Manuel Pinto da Costa defende a sua posição ao dizer que "participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo".
"Não o faço como candidato e muito menos como Presidente da República", garantiu Pinto da Costa numa declaração lida, na qual consdera que, com a actual Comissão Eleitoral Nacional (CEN) e as estruturas de fiscalização, novas eleições “não serão livres nem transparentes e muito menos justas”.
Na eleição de 17 de Julho, o candidato apoiado pelo partido no poder Evaristo Carvalho foi declarado vencedor, tendo feito a sua declaração de vitória, juntamente com o primeiro-ministro Patrice Trovoada.
Entretanto, depois da votação numa localidade na quarta-feira, que tinha boicotado a eleição de domingo, e a contagem dos votos na emigração, a CEN concluiu que Carvalho não ganhou e que haverá uma segunda volta ente ele e Pinto da Costa.
A terceira candidata, Maria das Neves, pediu a anulação da eleição presidencial.
O analista político Gualter Vera Cruz diz que a decisão de Pinto da Costa tem a ver como facto deste estar a prever uma derrota na segunda volta frente a Carvalho.
O Tribunal Constitucional prepara-se para divulgar nas próximas horas os resultados definitivos da primeira volta das eleições presidenciais.
A segunda volta esta agendada para 7 de Agosto próximo e de acordo com a lei eleitoral perante a desistência de Manuel Pinto da Costa, o candidato Evaristo Carvalho estará sozinho nesta segunda volta.