Os pilotos espanhóis do avião da Air Algérie que caiu, há dois anos no Mali, deixando 116 mortos, não estavam treinados para fazer as manobras que impediriam a catástrofe, escreve, hoje, 25, a AFP, citando o sindicato espanhol de pilotos, Sepla.
O avião que voava da capital de Burkina Faso, Ouagadougou, a Argel caiu no dia 24 de julho de 2014 no norte do Mali, com 110 passageiros a bordo, incluindo franceses, burquinabês, libaneses, argelinos e os seis membros espanhóis da tripulação.
O acidente com o McDonnell Douglas MD 83 ocorreu depois de os pilotos não activarem o sistema anticongelamento diante da obstrução por gelo das sondas de pressão dos motores, o que afectou o seu funcionamento, segundo um relatório de investigadores franceses divulgado em abril.
No seu comunicado, a Sepla diz que "os pilotos nunca receberam formação suficiente para reagir a situações similares, apesar de sua ampla experiência".
Aquele sindicato recorda que outros acidentes aéreos ocorreram por congelamento das sondas e pela falta de formação dos pilotos, sendo o mais conhecido deles o do voo Rio-Paris, da Air France em junho de 2009, que caiu no Atlântico matando seus 228 ocupantes.