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PGR angolana apreende mais imóveis de Carlos São Vicente


Empresário angolano Carlos São Vicente
Empresário angolano Carlos São Vicente

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola apreendeu vários imóveis do empresário Carlos São Vicente, antigo presidente da AAA, entre eles o edifício Adli e Thyke Hotel (Tower) em Luanda.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 25, o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da PGR acrescenta que também foram colocados sob control do Cofre Nacional de Justiça, como fiel depositário, um imóvel adjacente ao terminal da transportadora rodoviária Macon e vários edifícios situados no condomínio Sodimo, na Praia do Bispo.

A 8 de setembro, a PGR informou ter apreendido edifícios e hotéis pertencentes à AAA, empresa associada a Carlos Manuel de São Vicente, depois de as autoridades suíças terem congelado uma conta com 900 milhões de dólares do empresário, num banco onde tinha também contas em nome de vários familiares, incluindo no da sua mulher Irene Neto.

A AAA tinha afirmado anteriormente possuir 86 edifícios, entre eles um pertencente à cadeia de hotéis IKa e outros 12 que são hotéis IU.

A PGR sustenta que todos esses imóveis foram construídos com fundos públicos.

Empresa AAA
Empresa AAA

O caso

Carlos São Vicente encontra-se detido na cadeia de Viana, em Luanda, desde terça-feira, 22, depois de ter sido ouvido na PGR durante horas.

O empresário tinha sido constituído arguido na quarta-feira, 16, durante um primeiro interrogatório na Direção Nacional de Investigação e Ação Penal por suspeita de crimes de peculato e branqueamento de capitais.

O processo começou quando há meses as autoridades judiciais da Suíca congelaram uma conta de São Vicente, no valor de 900 milhões de dólares, por suspeita de branqueamento de capital.

A esposa do empresário, Irene Neto, filha do primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, viu as suas contas congeladas em Angola no passado dia 17.

Ao mesmo tempo, as autoridades judiciais angolanas enviaram cartas rogatórias às suas congéneres de Portugal e Luxemburgo a pedir o congelamento das contas e bens da antiga deputada do MPLA.

Sonangol investigada

Associada a esta investigação, a Sonangol teve um papel decisivo na criação da empresa AAA que durante anos deteve o monopólio do negócio de seguros do setor petrolífero em Angola, com uma arrecadação anual de centenas de milhões de dólares.

A PGR confirmou estar a investigar a empresa, no momento em que a oposição pediu uma auditoria às contas da petrolífera.

Desde quinta-feira, 24, decorre uma campanha da sociedade civil de recolha de assinaturas para pedir uma auditoria independente à Sonangol.

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