A Procuradoria Geral da República de Angola (PGR) solicitou formalmente à sua congénere portuguesa a sua colaboração no processo judicial em que estão arguidos a empresária Isabel dos Santos, o ex-administrador financeiro da Sonangol, Sarju Raikundalia, o gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA, Mário Leite da Silva, a amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS, Paula Oliveira, e o gestor da conta de Isabel dos Santos no EuroBic, Nuno Ribeiro da Cunha, que entretanto se suicidou no dia 22 de Janeiro.
A notícia é avançada nesta terça-feira, 28, pelo jornal português Público que confirma assim a promessa feita pelo PGR angolano, Hélder Pitta Grós, antes do encontro que manteve na semanda passada em Lisboa com a sua homóloga portuguesa, Lucília Gago.
“Neste, como em todos os outros casos, dar-se-á seguimento aos pedidos de cooperação judiciária internacional”, referiu uma fonte do Ministério Público citada por aquele jornal.
A decisão da PGR de constituir arguidos Isabel dos Santos e as demais quatro pessoas surgiu no final do inquérito feito à gestão da filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos na Sonangol, entre Junho de 2016 e Novembro de 2017, aberto depois do seu sucessor, Carlos Saturnino, levantar suspeitas sobre "transferências monetárias irregulares ordenadas pela anterior administração da petrolífera nacional e outros procedimentos incorretos".
Isabel dos Santos foi arguida por alegada má gestão e desvio de fundos na petrolífera Sonangol.