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PGR adia audiência sobre "caso Rufino" por ausência de militares investigados


Pai de Rufino, Fernando António, espera por justiça
Pai de Rufino, Fernando António, espera por justiça

Dos seis militares notificados apenas dois compareceram.

A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola notificou quatro militares e seus dois oficiais-chefes a comparecerem, para uma diligência, sobre a morte do adolescente Rufino Fernando em Agosto passado, mas apenas dois militares compareceram.

A procuradora geral adjunta adiou a audiência, mas sem data marcada.

O advogado e os familiares do adolescente de 14 anos acusam a PGR de negligência no tratamento do caso, enquanto o Posto de Comando Unificado não se pronuncia sobre o assunto.

PGR adia audiência sobre "caso Rufino" por ausência de militares investigados - 2:16
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Rufino foi assassinado na sua própria casa por disparos de arma de fogo protagonizados, por elementos afectos ao Posto de Comando Unificado, ao serviço do general Carlitos Wala.

De Agosto a esta parte, o advogado Luís Nascimento tem se debatido para que os mentores dos disparos, bem como os seus mandantes, sejam entregues à justiça mas não tem sido uma tarefa fácil.

''A digníssima procuradora que supervisiona a instrução notificou seis militares alegadamente envolvidos no assassinato do rapaz só apareceram dois, o que levou o adiamento sem data marcada para próxima sessão'', explicou Nascimento.

Os familiares de Rufino, sem gravar entrevista, disseram que a PGR está a usar dois pesos e duas medidas para casos similares.

Nascimento diz estranhar a postura da PGR que para casos idênticos sanciona quem se furta às suas notificações.

''O principal objectivo desta sessão é determinar quem de facto disparou sobre o Rufino, o que me está a espantar é esta negligência porque para outros efeitos a notificação do Procurador é de cumprimento obrigatório''.

Rufino foi morto à queima roupa por disparos de um militar da PCU quando tentava perguntar aos militares porque demoliam a casa dos seus pais no bairro Walale ao Zango III, arredores de Luanda.

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