O empresário chinês Jiye Zhou é acusado pelo Ministério Público de Moçambique de branqueamento de capitais e evasão fiscal, causando prejuízos de 862 milhões de meticais (mais de 13 milhões de dólares americanos) ao Estado moçambicano, ao longo de dez anos.
Está em fase de instrução, na terceira secção do Tribunal Provincial de Sofala, um processo-crime contra Zhou, segundo revelou o procurador-geral da província de Sofala, José Curado.
“Constatamos muitas outras irregularidades ligadas ao lado fiscal do próprio cidadão, o que está aliado à associação criminosa”, disse Curado para depois acrescentar que “enquanto instruímos os autos, encerramos as empresas, um dos estaleiros que se encontra no Posto Administrativo de Sena, onde se armazenava os produtos florestais”.
Curado disse que Jiye Zhou está em parte incerta, mas decorrem investigações para responsabilizar também os seus sócios, bem como os que facilitaram a documentação falsa que usava para movimentar as suas mais de sete empresas.
Este não é o primeiro caso que envolve empresários chineses que operam no país, a maioria dos quais têm sido ligados a crimes ambientais, o que para o comentarista Wilker Dias está ligado às fragilidades do sector migratório.
“O caso do chinês que acabou obtendo a documentação falsa acaba revelando as fragilidades do sistema migratório, criadas pela corrupção,” e resulta em situações negativas para a economia do país, disse Dias.
Para inverter este cenário, Dias sugere que a fiscalização deve ser constante.
Acompanhe:
Fórum