A Plataforma para a Inclusão (PpL) realiza neste sábado, 22, uma caminhada pela acessibilidade, que terá inicio no Cemitério da Santana e termina no Largo das Heroínas, em Luanda.
Os organizadores dizem ser uma oportunidade para promover o respeito pelas pessoas com limitação e uma forma de luta por direitos e garantias.
Pessoas com limitação física, visual e auditiva são as mais prejudicadas em Angola, na ótica dos promotores da iniciativa.
Muitos dizem que os angolanos, na sua maioria, estão a perder a sua sensibilidade de ajudar pessoas com deficiência.
Adão Ramos, portador de deficiência, diz que a lei da acessibilidade não é colocada em prática.
Em conversa com a VOA, Ramos esclarece, no entanto, que os portadores de limitações físicas não querem viver de ajudas e por isso exigem a criação de condições para que possam resolver as suas dificuldades de forma autónoma, fácil e segura.
"Nós não queremos viver de misericórdia", sublinha.
A caminhada, que tem como lema “A indiferença é violência, a inclusão é respeito e reconhecimento”, visa pressionar para a criação de condições para pessoas com deficiências ou com mobilidade condicionada.
O advogado Micael Daniel, que usa uma cadeira de roda para se locomover, ficou impossibilitado recentemente de participar numa audiência na sala do Tribunal de Luanda pelo facto de o elevador estar avariado e o prédio não ter uma rampa de acesso.
"Do ponto de vista genéricoa lei não tem sido aplicada", assegura.
Os organizadores esperam uma participação de cerca de 500 pessoas.