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Pequenos negócios, espinha dorsal da economia angolana, sem apoios necessários


Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola
Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola

Mulheres e homens que enformam a economia informal clamam por apoios.

O mercado informal em Angola absorve de oito a nove milhões de pessoas da força de trabalho, o que corresponde a uma taxa de 80 por cento dos empregos.

Dados avançados pelos responsáveis do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, no 1.º Fórum Internacional sobre a Reconversão da Economia Informal (PREI), indicam que em cada 100 angolanos que têm uma atividade laboral, 80 trabalham no mercado informal, ou seja, acabam tendo pequenos negócios.

Pequenos negócios, espinha dorsal da economia angolana, mas sem apoios necessários para a sua sustentabilidade
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Os pequenos negócios, enquanto atividades económicas que produzem e vendem produtos ou serviços com o objetivo de obter lucro em pequena escala, muitas vezes expostos em mercados informais, impactam fortemente a economia de um país.

O economista Nataniel Fernandes sublinha que "são essenciais para a economia dos país. São os pequenos e médios negócios que fazem a espinha dorsal da economia dos país, são esses pequenos negócios que dão maior número de emprego na maior parte dos países e em Angola estamos com mais de 80 por cento”.

"Mas também são lugares de empreendedorismo e de inovação”, acrescenta Fernandes, que, no entanto, "lamenta a escassez de apoio destinado aos pequenos comerciantes".

“É muito difícil falar de apoio a micro e pequenos negócios quando se depende de Luanda, quando os negócios estão espalhados em todo país”, conclui.

Para o incentivo ao pequeno negócio, o executivo possui o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), o órgão da administração indireta do estado, ao qual compete genericamente a implantação das políticas e estratégias no domínio da capacitação e financiamento das micro, pequenas e médias empresas.

Dona Marcelina, mãe de três filhos vive de um pequeno negócio no Bairro Calemba 2, em Viana. Com a comercialização de água mineral a retalho, sustenta a sua família.

“Por cada embalagem de água podemos ganhar 130 kwanzas, consoante as vendas podemos vender três embalagens e saem lá 1.500 kwanzas para o jantar”, afirma.

Fausto Lufuengu, pai de quatro filhos e proprietário de uma pequena farmácia, descreve os desafios que enfrenta ao tentar expandir sua pequena empresa.

“Tenho farmaciazinha, mas não tem muita sustentabilidade, há o risco de cair porque o Estado não investe no país”, lamenta Lufuengu.

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