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Pentágono: Secretário de Defesa Austin recebeu tratamento de cancro da próstata


Lloyd Austin
Lloyd Austin

O Pentágono reconheceu na terça-feira, 9, que o secretário da Defesa, Lloyd Austin, foi tratado de cancro da próstata ea sua recente hospitalização foi devido a complicações de uma infecção do trato urinário.

A declaração foi emitida um dia depois de a Casa Branca e o Pentágono terem dito que estavam a rever as circunstâncias que envolveram a hospitalização de Austin, na semana passada, e a falta de notificação aos funcionários da Casa Branca de que tinha transferido a autoridade para o seu vice.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse a jornalistas que a revisão examinaria quais regras ou procedimentos não foram seguidos para que pudessem “tentar aprender com esta experiência”.

Um memorando do Pentágono divulgado, na noite de segunda-feira, dizia que o Departamento de Defesa realizaria uma revisão de 30 dias, incluindo o cronograma de eventos e notificações desde a hospitalização de Austin, o processo para determinar quando o secretário está incapaz de desempenhar suas funções e recomendações para melhorar o processo de notificação a líderes seniores.

“Esta revisão ajudará a garantir clareza e transparência quando for determinado que certas autoridades foram transferidas e que uma notificação adequada e oportuna foi feita ao Presidente e à Casa Branca e, conforme apropriado, ao Congresso dos Estados Unidos ao público americano”, disse Kelly Magsamen, chefe de gabinete de Austin, no memorando.

Por enquanto, qualquer transferência de autoridade desencadeará notificações para um conjunto mais amplo de funcionários, incluindo o conselheiro geral do Pentágono, o presidente e o vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, os comandantes, os secretários de serviço, os chefes de serviço do Estado-Maior, e altos funcionários do Secretário e do Vice-Secretário de Defesa.

Austin, logo abaixo de Biden no topo da cadeia de comando das forças armadas dos EUA, desenvolveu complicações do que foi descrito como um procedimento médico eletivo, que realizou a 22 de dezembro e foi hospitalizado a 1º de janeiro.

Sem planos de renúncia

O secretário de imprensa do Pentágono, major-general Patrick Ryder, disse que “em nenhum momento a segurança nacional esteve em perigo” por causa da hospitalização de Austin, embora as suas funções tenham sido transferidas para a vice-secretária de Defesa Kathleen Hicks, durante parte da sua hospitalização.

O porta-voz disse que Austin “não tem planos de renunciar”.

Ryder disse que “ele (Austin) continua focado no desempenho das suas funções como secretário”, e está a receber relatórios operacionais e de inteligência.

O porta-voz disse que Austin não está mais na unidade de tratamento intensiva, mas ainda está no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed “numa uma área mais privada do hospital. Ryder disse que o chefe da defesa “continua sentindo desconforto, mas o seu prognóstico é bom”.

Durante dias, Austin, de 70 anos de idade, nunca contou a Biden nem fez com que o Pentágono anunciasse a sua hospitalização, o que seria comum para figuras dos mais altos escalões do governo dos EUA.

Austin disse, no sábado, que assumiu “total responsabilidade” pelo sigilo sobre a sua hospitalização.

Pressão dos Republicanos

Mas os líderes republicanos, incluindo o ex-presidente Donald Trump, o principal candidato presidencial do partido neste 2024 pediram a demissão de Austin.

Austin deveria ser demitido por sua “conduta profissional imprópria e abandono do dever”, disse Trump.

“Ele está desaparecido há uma semana e ninguém, incluindo o seu chefe, Joe Biden, tinha a menor ideia de onde ele estava ou poderia estar”, escreveu Trump no Truth Social.

A deputada republicana Elise Stefanik também pediu a demissão de Austin, dizendo em comunicado: "Deve haver total responsabilização, começando com a renúncia imediata do secretário Austin e daqueles que mentiram por ele e uma investigação do Congresso sobre este perigoso abandono do dever".

As autoridades divulgaram no domingo que a hospitalização de Austin foi mantida muito mais secreta do que se sabia anteriormente, inclusive por Hicks, seu vice no Pentágono.

As funções de Austin exigem que ele esteja disponível a qualquer momento para responder a qualquer crise militar ou de segurança nacional.

Kirby disse no domingo que não tinha informações sobre a natureza do problema médico de Austin, mas que Biden e Austin conversaram nos últimos dias.

“Não há nenhum plano para outra coisa senão a permanência do secretário Austin no cargo”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

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