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Pensadores angolanos dizem que país não tem uma democracia


Marcha do Movimento dos Estudantes Angolanos pelo regresso às aulas, Luanda, Angola, 22 Abril 2023
Marcha do Movimento dos Estudantes Angolanos pelo regresso às aulas, Luanda, Angola, 22 Abril 2023

Observatório de Imprensa e de Comunicação organizou um debate sobre autocracia eleitoral em Angola

A capital angola Luanda acolheu nesta quarta-feira, 26, um debate organizado pelo Observatório de Imprensa e de Comunicação sobre o sistema político vigente no país.

Vários pensadores analisaram a legislação e a prática e concluírem que Angola não vive numa democracia.

O pastor e activista social Elias Isaak afirmou que o país " é governado por um sistema de apartheid moderno, um apartheid negro à semelhança do que ocorreu na Africa do Sul com o apartheid branco, nós vivemos um Apartheid negro que precisa ser estudado".

O jurista Zola Bambi do Observatório para a Justiça e Coesão social disse que "podemos sonhar que estamos em democracia, mas a realidade mostra que Angola é uma ditadura, uma tirania e as eleições não passam de um simulacro".

Outro prelector ligado à religião, o padre Mário Zezano, apresentou um um novo termo para definir o que se vive em Angola.

"Anocracia é um meio termo entre a democracia e a autocracia, quando se verifica uma certa instabilidade na governação de que a maioria não se beneficia", sublinhou Zezano.

A partir da África do Sul, o jornalista angolano José Gama disse não haver um "autoritarismo puro como da Coreia do Norte", mas o sistema é competitivo por permitir eleições, que controla tudo e todos, permite manifestações mas reprime".

O Observatório de Imprensa e de Comunicação é uma organização da sociedade civil que vive monitorar e avaliar o desempenho da imprensa angolana e tem como coordenador o professores universitário, investigador e escritor Domingos da Cruz.

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