Os pedidos de extradição do antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, feitos pelas autoridades judiciais dos Estados Unidos e de Moçambique, serão analisados em separado e foi marcada para o dia 11 mais uma audição, no Tribunal de Kempton Park, para continuar a debater o pedido americano.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 7, pelo juiz da Seccão C do tribunal, William Schutte, a quem o advogado de Chang afirmou que ele quer ser extraditado para Moçambique.
Schutte disse ir analisar apenas o pedido da procuradoria de Nova Iorque, devendo outro magistrado decidir sobre a exigência de Maputo.
Na audição de hoje, em que o juiz recusou um pedido do Centro de Integridade Pública (CIP) de Moçambique para conseguir o estatuto de “amigo do tribunal”, Schuttle lembrou, frente a uma alegação da defesa de Chang, que “o que a ministra dos Relações Internacionais disse não constitui nenhuma evidência de que alguma decisão já tenha sido tomada".
O juiz referia-se às afirmações da ministra Lindiwe Sisulu, segundo as quais o antigo ministro será deportado para Moçambique.
Aliás hoje, no tribunal, o advogado de Manuel Chang, Willie Vermeleun, revelou que o também deputado da Frelimo quer ser extraditado para Moçambique e não para os Estados Unidos, por ser um país estranho onde dificilmente pode conseguir estar em liberdade provisória, enquanto aguarda o desfecho do caso.