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PCA da companhia área cabo-verdiana TACV aposta em ligações domésticas


Sede da TACV, Praia, Cabo Verde
Sede da TACV, Praia, Cabo Verde

Antigo gestor e especialista em aviação diz que Governo errou ao entregar as ligações domésticas aos privados

A companhia aérea cabo-verdiana de bandeira, TACV, tem um novo presidente do Conselho de Administração, Pedro Barros, que aponta como principal missão da sua equipa a criação de condições efetivas para voos deomésticos e regularidade e previsibilidade nas linhas internacionais.

Em entrevista à Voz da América, Barros reitera que a sua aposta é ter aviões a voar.

Fernando Gil Évora, antigo gestor tanto no setor público como noprivado na área dos transportes, considera que o Governo falhou ao retirar à companhia as ligações domésticas e entregá-las a privados.

PCA da companhia área cabo-verdiana TACV aposta em ligações domésticas
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“Neste momento, estão em operação a nível interno três aviões, todas as ilhas estão conectadas e provavelmente nos próximos tempos vamos tentar ver se reforçarmos em função da procura que se manifestar ou seja, tentar corresponder a toda a procura que existe em termos de circulação de cabo-verdianos e não só, entre as ilhas”, afirma o PCA da TACV.

Quanto ao modelo e forma de adquirir os aparelhos, Pedro Barros considera que o ideal seria ter capacidade financeira para a compra direta, mas, por agora, o importante é ter aviões para ligar as ilhas.

“Veremos lá mais para frente em função daquilo que for decisão do governo se iremos adquirir aviões ou se continuaremos com leasing que depois será convertido em aquisição portanto vamos ver… neste momento o nosso foco é garantir efetivamente que haja aviões a circular em função da procura existente”, conclu o novo gestor da companhia aérea.

Leasing ou aviões próprios

Para o antigo gestor Fernando Gil Évora, o Governo tem falhado em matéria dos transportes e agora está obrigado a encontrar as melhores soluções para resolver o problema de conectividade entre as ilhas .

“Eu penso que o transporte interno não pode e não deve ser deixado nas mãos de privados, existe necessidade premente de conectividade entre as ilhas, quer dos empresários e pessoas singulares, e isso não se compadece com o investimento privado que tem outros interesses que vão para além dos interesses socais”, aponta aqquele especialista, quem considera que o Executivo deve concentrar-se nos “ transportes domésticos “ para depois passar para o internacional.

Évora diz não acreditar que esta situação de leasing que se tem neste momento seja para durar muito tempo, porque é financeiramente insustentavel.

"Eu penso que poderá aguentar até o final de Setembro e não passar daí", afirma Évra, que entendeu "o anúncio do Governo que fala na criação de uma nova companhia aérea para os voos domésticos quando já possui os TACV”.

Para além da ligação inter ilhas, os cabo-verdianos emigrantes também exigem ligações diretas com o país, saltando à vista a reivindicação dos que vivem nos Estados Unidos da América, país que acolhe a maior comunidade no estrangeiro.

O presidente do Conselho de Administração afirma que esforços estão a ser feitos para que antes do final deste ano possa voltar a voar para os Estados Unidos.

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