Os partidos na oposição em Angola voltaram a manifestar a sua preocupação perante o que chamam de falta de lisura e transparência da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) nos actos relativos à contratação de empresas para fornecer material para as eleições de 23 de Agosto.
A CNE disse que não vai recuar na decisão de contratar das empresas INDRA e SINFIC, que, segundo a oposição, foi feita à revelia da lei e antes mesmo de o seu plenário ter apreciado qualquer relatório ou recomendação sobre a referida contratação.
Numa denúncia feita no dia 6 deste mês, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA na oposição exigiam transparência na contratação de qualquer empresa que vir a servir o material à Comissão Nacional Eleitoral.
O porta-voz das quatro formações políticas, Lucas Ngonda que leu a nota de protesto, disse que se a CNE, “não organizar eleições democráticas não será pela paz nem pela democracia”.
Sem mencionar qualquer será a reacção da UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA, Lucas Ngonda, também presidente da FNLA, disse que estes partidos “vão continuar a monitorar todos os actos da administração eleitoral”.
Por seu lado, Júlia Ferreira, porta-voz da CNE diz que não faz sentido qualquer contestação da oposição.
“Não pode haver legitimidade para se questionar a eficácia jurídica de um trabalho aturado e dedicado até ao apuramento das empresas INDRA e SINFIC”, defendeu.
Entretanto, aqueles partidos consideram positivo o facto de a CNE continuar disponível para realizar reuniões abertas, sujeitar-se ao escrutínio público e servir o país com verdade, imparcialidade e responsabilidade.