Na Guine-Bissau, enquanto se espera pela marcação de uma nova data de eleições legislativas, os partidos políticos começam a reavaliar as suas estratégias junto ao eleitorado.
O PAIGC, a União para Mudança, o PCD e o Partido Nova Democracia, outrora agrupados no Espaço de Concertação Política, perspetivam uma coligação pré-eleitoral com incidência na governação, em caso da vitória.
Fontes daquelas forças partidárias admitem que as negociações tendentes à assinatura de um acordo de coligação devem iniciar em breve, visando apresentar uma lista única de candidatos a deputadosjunto ao Supremo Tribunal de Justiça.
Idrissa Djalo, do Partido de Unidade Nacional, refere que o objectivo do grupo, intitulado Espaço de Concertação Política, é fazer agora duas coligações – pré e pós-eleitoral - visando capitalizar as “lutas democráticas” em curso.
“Vamos firmar dois acordos pré e pós-eleitoral para potencializar a nossa luta e para podermos tirar maior potencial, pelo que temos feito até aqui”, explica Djalo.
Alguns observadores políticos consideram tratar-se apenas da consumação de um passo político, ensaiado nas sucessivas manifestações políticas contra o presidente da República, José Mário Vaz.
À luz das alianças políticas registadas no passado, o analista político e consultor jurídico Luís Peti, admite vantagens na coligação, mas adverte que alguns valores podem animar ou sustentar a futura coligação.
Marcadas para 18 de Novembro, as eleições legislativas foram adiadas em virtude de ainda estar em curso o recenseamento eleitoral.
Em determinados círculos, admite-se que as eleições podem acontecer apenas em Abril de 2019, ou seja cinco anos após as últimos eleições.