Após três meses de silêncio, os partidos da oposição na Guiné-Bissau declaram nesta sexta-feira, 22, o fim de “trégua” ao Presidente da República, que, por seu lado, tem apelado à resolução da crise política.
"Nos próximos tempos, não se registando acções concretas para a aplicação do acordo de Conakry e resolução da crise, serão convocados actos de desobediência e manifestações políticas, por forma a dar corpo ao presente manifesto de inconformismo e denúncia da subversão da ordem constitucional em que o país está mergulhado desse há mais de dois anos", disse Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, em conferência de imprensa com com mais cinco partidos políticos, nomeadamente PCD, União para Mudança, Partido de Unidade Nacional, Movimento Patriótico e Partido de Solidariedade e Trabalho.
Todos concordam "o Presidente da Republica escolheu sempre o cainho da discórdia, do separatismo, das inverdades, do conflito, do aproveitamento politico e da crise, geral e absoluta para este país, fazendo-o retornar ao descrédito e ao domínio do crime organizado e dos séquitos de aproveitamento indevido".
A reação do espaço de concertação política dos partidos democráticos segue aos últimos desenvolvimentos políticos, marcados pelas declarações do Chefe de Estado guineense, em que afirma, não ser um dos signatários do acordo de Conakry e, em consequência, responsabilizou os actores políticos pelo impasse.