Cinco dias após dois deputados cabo-verdianos terem entrado em confronto físico num dos corredores da Assembleia Nacional, as duas bancadas, MpD, no poder, e PAICV, na oposição, mantêm posições contrárias.
A bancada parlamentar do MPD anunciou que pretende destituir o deputado Moisés Borges, do PAICV, das funções que ocupa no Parlamento, por entender que ele cometeu um acto grave ao agredir o deputado Emanuel Barbosa.
A decisão foi anunciada por Rui Figueiredo Soarres, líder da bancada maioritária.
Em resposta, o PAICV considera a intenção anunciada de precipitada, porque não se deve condenar ninguém sem o apuramento exacto dos factos.
Por isso, Rui Semedo, líder da minoria, pede a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o eu terá passado.
A UCID, terceiro partido com assento parlamentar, não concorda com a posição do partido maioritário por não constituir o melhor caminho para a normalização da situação.
O deputado João Luís diz que os factos devem ser apurados primeiramente, para depois se punir os culpados.
Os deputados cabo-verdianos Emanuel Barbosa e Moisés Borges envolveram-se numa briga na sede da Assembleia Nacional no dia 9, tendo Barbosa ficado ferido e levado ao hospital.
O presidente do Parlamento, Jorge Santos, chamou a polícia para repor a ordem e deve fazer um pronunciamento dentro de momentos.
Fontes da VOA na Praia indicaram que os dois parlamentares chegaram a vias de facto num dos corredores da Assembleia Nacional quando se dirigiam para participar numa reunião, tendo a briga sido presenciada por uma deputada do MpD.
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