O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau recebeu resposta negativa dos cinco partidos com assento parlamentar para formar Governo.
Artur Silva, empossado a 31 de Janeiro pelo Presidente José Mário Vaz e viu muito reduzida a sua margem de manobra.
O PRS, segundo partido mais votado nas eleições de 2014 e que integrou os executivos de curta duração liderados por Baciro Djá e Umaro Sissoco Embaló, admitiu inicialmente aceitar o convite caso o novo Governo respeite o estipulado no Acordo de Conacri.
Entretanto, mais tarde mudou de posição.
As demais formações, Partido da Nova Democracia (PND), PAIGC, União para Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD), já tinham tido a Artur Silva que não estavam disponíveis.
Quem também descartou integrar o Executivo de Silva, segundo fontes em Bissau, foi o chamado grupo dos 15, integrado pelos deputados expulsos do PAIGC.
Artur Silva, membro do PAIGC e antigo ministro de vários governos, é o quinto primeiro-ministro nomeado pelo Presidente José Mário Vaz, desde que demitiu o então Chefe de Governo, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, em Agosto de 2015, dando assim início a uma grave crise política.
No passado dia 1, a CEDEAO começou a aplicar sanções a 19 personalidades políticas da Guiné-Bissau por, segundo a organização, terem obstruído a aplicação do Acordo de Conacri, que prevê um caminho para o fim da crise política no país.