O Parlamento sul-coreano destituiu o Presidente da República em exercício nesta sexta-feira, 27, depois de Han Duck-soo, primeiro-ministro até então, ter assumido o cargo após Yoon Suk Yeol, ter sido suspenso na sequência da i posição da lei marcial a 3 de dezembro.
"Anuncio que a moção de destituição do primeiro-ministro Han Duck-soo foi aprovada. Dos 192 legisladores que votaram, 192 votaram pela destituição", disse o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik.
Ele foi acusado pela oposição de ter "participado ativamente na insurreição" após a tentativa falhada do antecessor de introduzir a lei marcial, a 3 de dezembro.
Na balança pesou também o facto dele se ter recusa a nomear três juízes para preencher vagas no Tribunal Constitucional, necessárias para julgar a impugnação de Yoon Suk Yeol.
Ele justificou a sua decisão dizendo que o seu mandato é temporário, mas no passado foram nomeados juizes por um Chefe de Estado interino, em 2016, no processo de impugnação do então Presidente Park Geun-hye.
A contagem dos votos para a impugnação foi adiada porque os deputados do Partido do Poder Popular (PPP) protestaram no Parlamento depois de Woo ter dito que apenas era necessária uma maioria simples dos 300 membros parlamantares para avançar com a impugnação.
Os legisladores do PPP começaram a gritar e muitos correram em direção a Woo, exigindo que se demitisse e não participaram na votação.
O líder do PPP, Kweon Seong-dong, disse após a votação que Han "deve continuar a liderar os assuntos de Estado sem ceder à aprovação da moção de destituição pela oposição".
Os parlamentares impediram Duck Soo de continuar como Presidente interino porque recusou-se a nomear três juízes para preencher vagas no Tribunal Constitucional, necessárias para julgar a impugnação de Yoon Suk Yeol.
Ele justificou a sua decisão dizendo que o seu mandato é temporário, mas no passado foram nomeados juizes por um Chefe de Estado interino, em 2016, no processo de impugnação do então Presidente Park Geun-hye.
Esta foi a primeira vez na história da Coreia do Sul em que um Presidente interino é afastado do cargo e agora o ministro de Finanças, Choi Sang-mok, assumiu interinamente o cargo, tal como prevê a Constituição sul-coreana.
No entanto, Han disse num comunicado após a votação que "respeita a decisão do pParlamento" e que aguardaria a decisão subsequente do Tribunal Constitucional .
A oposição disse na sua moção de destituição que Han estava a “evitar intencionalmente a investigação especial para investigar os envolvidos na insurreição e declarou claramente a sua intenção de rejeitar as nomeações de três juízes do Tribunal Constitucional”.
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