O Parlamento moçambicano reúne-se, a partir da próxima segunda-feira, para entre outras matérias, aprovar o Orçamento do Estado para 2018, que, entretanto, já está a ser criticado por alguns economistas por não apresentar um quadro fiscal actualizado.
Analistas dizem que o Parlamento e o Tribunal Adminsitrativo não têm mecanismos eficientes e sistemáticos que permitam uma maior paricipação do público na discussão ou na apresentação de propostas sobre a sua visão em relação ao Orçamento de Estado.
Para o economista Roberto Tibana, o mais preocupante é o facto de o governo apresentar um Orçamento de Estado, sem um quadro fiscal de médio prazo actualizado.
"Qual é a estratégia fiscal que queremos atingir dentro de três ou cinco anos?", interrogou-se aquele economista.
Sublinhou que "se a gente não dá uma clareza sobre onde este país vai, na resolução dos problemas que temos, entre os quais os relacionados com os investimentos na área de infra-estruturas, a promoção de investimentos em áreas energéticas e estradas, vamos ter grandes problemas".
Além do orçamento, o Parlamento poderá também lidar com aspectos relacionados com o actual diálogo político entre o Governo e a Renamo.