A Rede de mulheres parlamentares, o Instituto da igualdade e equidade do género (Icieg) e organizações de sociedade civil pretendem que seja criada uma lei da “paridade” para que as mulheres possam concorrer a cargos políticos e de gestão nas estruturas públicas e privadas em igualdade de circunstância.
O assunto foi discutido numa recente palestra em Praia, a capital.
A presidente da rede de mulheres parlamentares, Lúcia Passos disse que as mulheres já deram provas de estarem preparadas, mas ainda encontram muitas barreiras começando no próprio ambiente familiar.
Para Rosana Almeida, presidente do Instituto da igualdade e equidade do género, entre os desafios que o arquipélago tem pela frente, a igualdade de género constitui condição determinante para o desenvolvimento e modernização.
Os responsáveis políticos manifestaram abertura e compromisso em criar condições que permitam às mulheres participar na vida politica e assumir posições relevantes nas esferas de poder no país.
A questão, disseram, deve ser encarada de forma descomplexada, devendo todos os cidadãos assumir a cultura de igualdade do género
A presidente da Associação sindical dos Jornalistas, Carla Lima, disse que além de leis, deve-se promover sensibilização e formação, já que é preciso mudar a mentalidade existente de que todos os trabalhos domésticos são atribuições das mulheres.
“Penso que todas as responsabilidades devem ser partilhadas, para que tanto homens como mulheres possam ter oportunidades iguais de se dedicarem a outras actividades que dê visibilidade para a ascensão aos cargos políticos e outros de relevância”, argumentou Lima.