O Papa Francisco pediu neste sábado, 31, que as sociedades abandonem a lógica do privilégio em favor do encontro e propiciem uma maior inclusão dos jovens para que possam construir um futuro digno.
"Se queremos apontar um futuro que seja digno para eles (os jovens), só poderemos alcançá-lo apostando numa verdadeira inclusão: essa que dá o trabalho digno, livre, criativo, participativo e solidário", disse Francisco nas reflexes da celebração das primeiras vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, na basílica de São Pedro.
Para o Papa, o mundo está em "dívida" com os jovens e fez um apelo para que se fomente a sua inclusão.
As sociedades "criaram uma cultura que, por um lado, idolatra a juventude querendo torná-la eterna, mas que ao mesmo tempo condena os jovens a não ter um espaço de real inserção", disse Papa, para quem “lentamente fomos marginalizando-os da vida pública, obrigando-os a emigrar ou a mendigar por empregos que não existem ou não lhes permitem projetar-se num amanhã”.
Mais à frente, disse que “esperamos e lhes exigimos que sejam fermento do futuro, mas os discriminamos e condenamos a bater em portas que na sua grande maioria estão fechadas.
Francisco agradeceu por "todos os sinais da generosidade divina" e afirmou que o tempo que está por vir "requer iniciativas audazes e esperançadoras, assim como renunciar a protagonismos vazios ou a lutas intermináveis por figurar".