O Papa João Paulo I, que morreu em 1978 após apenas 33 dias como pontífice, aproximou-se da santidade no domingo com o Vaticano ainda a ter de pôr de lado as teorias de conspiração persistentes de que ele foi vítima de crime.
O Papa Francisco beatificou o seu predecessor numa cerimónia na Praça de São Pedro perante dezenas de milhares de pessoas. A beatificação é o último passo antes da santidade na Igreja Católica Romana.
João Paulo foi conhecido como "O Papa Sorridente" por causa da sua mansidão e simplicidade.
"Com um sorriso, o Papa João Paulo I conseguiu comunicar a bondade do Senhor", disse Francisco na sua homilia.
"Quão bela é uma Igreja com um rosto feliz, sereno e sorridente, que nunca fecha portas, nunca endurece corações, nunca se queixa ou abriga ressentimentos, não se irrita ou se impacienta, não parece dourada ou sofre de nostalgia pelo passado".
Nascido Albino Luciani, na pobreza, numa aldeia montanhosa do norte de Itália em 1912, foi ordenado sacerdote em 1935, bispo em 1958 e cardeal em 1973.
Foi eleito Papa a 26 de agosto de 1978, após a morte do Papa Paulo VI, tomando o nome de João Paulo para homenagear os seus dois antecessores imediatos.
Duas freiras da Casa Pontifícia que não ouviram resposta às batidas à sua porta às 5:20 da manhã de 29 de Setembro, quando lhe iam servir o café, encontraram-no morto na sua cama.
Os médicos disseram que ele morreu de ataque cardíaco e os assistentes disseram que ele se queixou de dores no peito no dia anterior, mas não as levaram a sério.