Seca prolongada provoca pânico na cidade sul-africana do Cabo. Residentes formam longas filas nas fontenárias para tirarem água de beber e de reserva, porque temem que as torneiras poderão deixar de jorrar o líquido precioso a qualquer momento.
Os residentes estão em pânico porque não sabem ao certo quando é que vão ficar sem o precioso líquido. O Dia-Zero está previsto para Maio próximo. A chuva não cai o suficiente e a barragem que abastece a cidade está quase vazia. O governo tomou medidas de continência, estabelecendo limite: cada residente da chamada cidade–mãe só pode usar 25 litros de água por dia para todas as suas necessidades, incluindo tomar banho.
Aos "prevaricadores", as autoridades aplicam multas.
Os residentes são mesmo obrigados a colaborarem. Nesta fontenária sai água subterrânea ou mineral que pode ser usada gratuitamente. Os residentes formam longas filas 24 horas por dia para tirarem a água de beber. Dizem que já não confiam na água das torneiras nas suas casas porque a barragem está quase vazia.
A Cidade do Cabo consome 500 milhões de litros por dia. Agricultores comerciais doaram esta semana 10 milhões de metros cúbicos de água das suas represas privadas ao município do Cabo, adiando por vinte dias o prazo do Dia-Zero previsto para Maio. A crise de água afecta negócios na Cidade do Cabo, segundo afirma o jovem empresário hoteleiro angolano.
O assunto da escassez de água é mesmo muito sério na cidade do Cabo. Nos hotéis há avisos colocados para os hóspedes ajudarem a poupar água.
"A água é uma coisa que não pode faltar... e estou a tentar poupá-la ...tentar evitar cortar água que usamos em casa, apenas usar para tomar banho. Posso lhe dizer que esta manha tive um minuto de banho", disse um residente do Cabo.
A roupa de cama é trocada em cada três dias e os hóspedes são aconselhados a ficarem apenas dois minutos no banheiro.