O Bureau Político do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de Março na Guiné-Bissau, decidiu manter o nome do seu presidente, Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro, apesar de o Presidente da República, José Mário Vaz, o ter recusado.
"O Bureau Político, após um aturado debate e por reconhecer o direito constitucional e inalienável de indicação do nome do primeiro-ministro ao PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas de 2019, delibera manter o nome de Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, ao cargo de primeiro-ministro de acordo com o nº 1 do Artº 42 dos estatutos", diz em nota o partido que deve enviar ainda hoje uma carta a Vaz.
A decisão foi tomada no final da noite de quinta-feira, 20, um dia depois do Chefe de Estado ter recusado o nome de Domingos Simões Pereira, alegando competências constitucionais.
Na segunda-feira, 17, mais de dois meses após as eleições, José Mário Vaz, convidou o PAIGC a indicar o nome do primeiro-ministro.
Ontem, uma missão da CEDEAO ameaçou em impor sanções a personalidades guineenses, caso não for nomeado o primeiro-ministro e o Governo, de acordo com os resultados das eleições de Março.