O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu as eleições legislativas do último domingo com 47 dos 102 mandatos no Parlamento, revelou hoje a Comissão Nacional das Eleições, numa conferência de imprensa liderada pelo seu presidente José Pedro Sambú.
Em segundo lugar, ficou o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) com obteve 27 mandatos; e em terceiro o Partido de Renovação Social (PRS), a tradicional segunda força política, desde 1999, conseguiu 21 deputados .
A APU conseguiu cinco deputados, PND e a União para a Mudança (UM), um mandato cada.
O anúncio dos resultados foi antecedido, entretanto, da assinatura de dois acordos políticos de incidência parlamentar, envolvendo, as quatro principais forças políticas concorrentes.
Os líderes do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e da Assembleia do Povo Unido Nuno Nabian assinaram um acordo de incidência parlamentar com a necessidade de dar estabilidade ao país.
Documento semelhante foi também assinado entre o Madem-G15 e o PRS.
"Este acordo político é para estabilizar o país", afirmou Alberto Nambeia, presidente do PRS, sublinhando que é preciso haver entendimento para o desenvolvimento do país.
Refira-se que, antes das eleições, o PAIGC, o PND e UM tinham assinado um acordo pós-eleitoral.
Caso o PAIGC consiga que a APU, o PND e a UM sustentem o seu eventual Governo, o partido, que já tinha vencido as eleições de 2014, pode conseguir 54 deputados, dos 102 do Parlamento.