A crise política na Guiné-Bissau levou o Conselho de Segurança a marcar uma reunião a portas fechadas esta sexta-feira, para avaliar a situação do país.
O subsecretário-geral para Assuntos Políticos, Taye-Brook Zerihoun vai liderar a rodada de consultas, informando os países-membros do Conselho sobre os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau.
Demissão
O PAIGC convocou para esta segunda-feira, 17, na capital da Guiné-Bissau, uma manifestação de apoio ao seu presidente de primeiro-ministro demissionário Domingos Simões Pereira.
A convocatória foi feita pelo secretário-geral do partido de Amílcar Cabral, Aly Hijazi Silva, inicialmente para este sábado, mas foi adiada para segunda-feira.
Demitido pelo Presidente da República na passada quarta-feira, 12, Domingos Simões Pereira vai ser indicado outros vez pelo PAICG, partido mais votado nas eleições de 2014.
Entretanto, observadores políticos duvidam que o Presidente da República aceite a indicação de Simões Pereira.
Caso tal acontecer, o país entra numa autêntica crise institucional que poderá obrigar à convocação de eleições legislativas ou até eleições gerais.
Na noite de quarta-feira, o presidente da República, José Mário Vaz, demitiu o governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira. Agências de notícias falam que as divergências entre os líderes já vinham ocorrendo.
Entretanto, ontem, 14, o Conselho de Segurança da ONU ajnalisou a situação da Guiné-Bissau e apleou ao "retorno do diálogo construtivo".
Antes da demissão do Executivo de Bissau, o órgão já estava preocupado com as "tensões" entre o Presidente e o primeiro-ministro e com a possibilidade da situação "ameaçar o progresso feito no país desde o retorno da ordem constitucional", alcançado após as eleições do ano passado.
O próprio secretário-geral da ONU interveio junto das lideranças de Bissau, nomeadamente o próprio Presidente da República, no sentido de evitar a crise actual.