Foi a enterrar, domingo 19 de abril, Francisco Tchikuteny um homem que foi notícia em todo o mundo por ser pai de 281 filhos dos quais 156 vivos, 250 netos e 67 bisnetos e por isso chamado de "Pai Grande" do Namibe.
A cerimónia de enterro do pai da família mais numerosa em Angola contou com mais de mil pessoas, violando assim as normas estabelecidas pelo governo angolano, do decreto Presidencial que proíbe encontros e ajuntamentos de mais de cinquenta pessoas, devido ao coronavírus.
Oriundos de várias localidades autóctones, vilas e cidades, mais de mil e setecentas pessoas choraram e acompanharam até à ultima morada o homem da história do Namibe, Francisco Tchikuteny que era chefe de uma família de quase quinhentas pessoas.
Antes da chegada dos restos mortais ao lugar do velório as filhas do malogrado seleccionadas entre 9 aos 16 anos falaram nas suas canções do lugar preparado para o repouso de seu ente-querido.
As mensagens relembraram os feitos de Tchikuteny durante a sua vida, marcada por detenções sucessivas pelo DISA, então Serviço de Segurança do Estado no tempo do partido único.
O director do complexo escolar da ilha do Mungongo, Gonçalves Hunandumbo, em nome da comunidade escolar relembrou os conselhos de Tchikuteny.
O novo cemitério passará a chamar-se “Cemitério Francisco Tchikuteny” e lá só poderão ser enterrados esposas, filhos, netos, irmãs, sobrinhos e outros descendentes de Francisco Tchikuteny.
Chikuteny tinha 69 anos de idade, morreu de cancro da próstata.