O Governo que sair das eleições de 23 de Agosto terá de olhar com "carácter de urgência para as alterações climáticas" que afectam cerca de um milhão de pessoas na região sul de Angola.
A opinião é do activista padre Jacinto Pio Wakussanga, questionado sobre o futuro das populações de algumas regiões das províncias do Cunene, Namibe e Huíla fustigadas pela seca e consequente fome nos últimos anos.
Para Wakussanga, até ao momento há insensibilidade das autoridades em relação aos graves problemas das populações e sustentou ser urgente que se gizem planos inclusivos para pôr fim ao sofrimento das comunidades rurais.
"Dá-me a entender que não há muito interesse para com as comunidades que sofrem os efeitos das alterações climáticas. Essa indiferença notou-se neste Governo que cessa funções. Seria bom que o próximo Governo trabalhe com as comunidades trabalhem com tantos quadros que esta região tem na área de conhecimentos agrícolas, pecuários, ambientais pata que haja um plano que possa gradualmente reforçar as resiliências das comunidades", defendeu o activista e padre da região dos Gambos, no sul da província da Huíla, Jacinto Pio Wakussanga.