A falta de segurança do recinto que rodeia o hospital é apontada como razão principal para os casos de fuga de pacientes.
A última pessoa a desaparecer foi António Cativa. A irmã Joana Naviyo disse que a última vez que viu seu irmão foi pela manhã. “Desde a manhã estou a procura dele e não estamos a encontrar,” relatou. Ela acrescenta que além da falta de segurança os familiares têm que procurar o paciente.
A direcção do Hospital Sanatório está preocupada com a situação. Numa altura em que o hospital observa obras de reabilitação, o director administrativo, José Raimundo, alerta que a falta de vedação do hospital expõe os doentes às possibilidades de fuga.
“Se não for vedado o hospital, por condições boas que o hospital internamente apresente, os doentes estão sempre expostos. Esta exposição induz sempre em fuga, porque o hospital não tem um portão de entrada pelo qual se possa fazer o controlo. O hospital está cheio de
entrada e saídas e está praticamente ligado ao bairro Comandante Cowboy, cujas construções anárquicas invadiram o perímetro hospitalar. Neste momento em que vos falo, se olhar para o quintalão hospitalar que é, você não consegue distinguir quem é doente, quem é transeunte” explicou o director administrativo.
Doentes internados no Hospital Sanatório do Lubango, província da Huíla, estão a fugir daquela unidade hospitalar. Até o momento, quatro pessoas já desapareceram.