Depois da nas primeiras horas da madrugada desta sexta-feira, 4, o corpo de Afonso Dhlakama ter chegado à morgue do Hospital Central da Beira, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, confirmou a morte do líder do principal partido da oposição.
As reacções à morte do carismático líder da oposição não se fizeram esperar.
Aliás, bem antes do anúncio oficial, o Presidente da República, Filipe Nyusi, lamentou, em contacto com a televisão pública, o facto de não ter conseguido ajudar na doença do malogrado.
Filipe Nyusi disse que soube que o líder da Renamo esteve em agonia, no entanto, ninguém lhe deu tempo para ajudar.
“É um momento muito mau, principalmente para mim. Estávamos a resolver os problemas deste país. Esforcei-me para transferir o meu irmão para fora do país, mas não consegui. Estou muito deprimido. Não me deram tempo… não me informaram que ele estava mal há uma semana e só disseram há um dia”, revelou o Chefe do Estado.
Daviz Simango, líder do segundo maior partido da oposição, afirmou que o país deve muito a Afonso Dhlakama e, por isso, precisa dar uma homenagem digna de um herói.
Foi-se o homem e fica a obra. E é no futuro da obra, sobretudo a que estava a ser negociada com Filipe Nyusi, visando a paz efectiva, que mais preocupações pairam no meio da sociedade.
Amado e seguido por muitos, incompreendido ou mesmo odiado por outros tantos, facto é que Afonso Dhlakama é parte incontornável da história de Moçambique contemporâneo.