O Presidente são-tomense disse que "os africanos não devem se expor aos interesses que não são seus” e destaca a crise atual da República Democrática do Congo (RDC).
Esta é a tese que Carlos Vila Nova afirmou ir defender nesta sextra-feira, 7, na 25a. Cimeira dos Chefes de Estado e de Governos da Comunidade Económica dos Estados de África Central, CEEAC, que decorre na Guiné Equatorial, Malabo.
Ao deixar o país, Vila Nova afirmou ser mais do que evidente que o que se passa no leste da RDC tem interferência externa e não africana, e ninguém ganha com isso”.
Ele a acrescentou ainda que “a situação tem bloqueado os países vizinhos, afetando as suas economias e provocando uma onda de deslocados que prejudica a todos”.
Por outro lado, Chefe de Estado são-tomense destacou o papel de Angola na mediação deste conflito e pediu mais união e bom senso aos Estados-membros da CEEAC.
“Não há razão nenhuma para que os países se aproveitem da instabilidade de rebeldes, para se associarem à eles e agredirem outros países”, sublinhou Vila Nova, frisando que “ é infelizmente o que está a acontecer na Republica Democrática do Congo. “
Ele reiterou que São Tomé e Príncipe "é a favor da paz e seremos contra agressões, sejam elas donde vierem, e no caso concreto da RDC há uma agressão de um país que se associou à rebeldes para agredir um país”.
“Esta posição é quase unanime dentro da CEEAC”, concluiu o Presidente são-tomense, pedindo que os Estados-membros da comunidade se associem à iniciativa de mediação de Angola para por fim ao conflito que já matou mais de dois milhões de pessoas, só na crise de Goma.
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