Quatro organizaçães da sociedade civil angolana criaram um Consórcio pela Transparência para monitorar a luta contra a corrupção.
“O Consórcio pela Transparência é uma iniciativa de quatro organizações da sociedade civil angolana, nomeadamente Muana-Pó, com sede em Saurimo, Lunda Sul, a Plataforma de Mulheres e Ação, a SOS Habitat e a Ação de Solidariedade para o Desenvolvimento para a Democracia e tem por objetivo monitorar os procedimentos e a aplicação dos recursos públicos, tendo maior incidência no repatriamento de capitais no quadro do combate à corrupção”, afirma Celestino Onesimo Setucula, consultor independente da organização.
Setucula lembra também que, no ano passado, o Estado angolano investiu bastante no programa de mitigação dos efeitos da seca na região Sul de Angola e este ano está igualmente a investir no programa de prevenção e combate à Covid-19, mas até aqui não há um relatório claro sobre estes investimentos.
“O lema do Presidente João Lourenço sobre o combate à corrupção é igualmente a preocupação do consórcio em relação aos investimentos feitos no combate e mitigação dos efeitos da seca nas províncias do Namibe, Huíla, Cuando Cubango e Cunene, mas ainda não temos um relatório detalhado sobre assunto e é interesse do Consórcio que haja um relatório que mostre transparência e agora também com os investimento no âmbito da Covid-19”, reitera.
Serafim Melo, membro da direção do consórcio, acrescenta que, que além da monitoria, os agentes da sociedade civil a serem dotados de formação sobre o trabalho do grupo nos próximos dias em nove províncias de Angola, vão igualmente fazer a advocacia para que todos “aqueles que se apropriaram ilicitamente do bem público tenham a consciência de proceder à respetiva restituição ao Estado”.
Nesta primeira fase, o consórcio pretende apostar na formação dos seus agentes.