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Organizações angolanas pedem reforma profunda do Conselho Nacional da Juventude


Jovens brincam numa praia em Luanda (Foto de Arquivo)
Jovens brincam numa praia em Luanda (Foto de Arquivo)

A Assembleia-Geral de renovação dos órgãos sociais do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) realiza-se a 27 de Agosto, no momento em que organizações nele filiadas e observadores pedem por uma profunda reformação da plataforma.

O prazo para apresentação das candidaturas começou nesta segunda-feira, 27, e vai até o dia 3 e já um candidato que praticamente garantiu a sua eleição, Isaías Kalunga, atual presidente do CNJ de Luanda.

Organizações pedem reforma profunda do Conselho Nacional da Juventude em Angola - 2:30
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A CNJ é uma plataforma juvenil que congrega várias organizações, mas que, segundo muitas delas, tem servido ao Governo e não como um órgão orientador de polícias para a juventude.

A um mês de novas eleições, há demandas novas.

Gaspar dos Santos Fernandes, secretário nacional da Juventude do PRS, diz que o modelo de eleição dos órgãos sociaisnão é o melhor, uma vez que, dentro da plataforma, apenas constam 34 organizações juvenis no universo de milhares existentes no país, e para se ser candidato, são necessárias 15 assinaturas.

“Caso um candidato receba o apoio de 20, das 34 associações mais ninguém pode concorrer, (portanto) “este modelo não permite múltiplas candidaturas”, acrescenta Fernantes, estimando que, no máximo “só haverá duas candidaturas e para nós não é consensual, nem representa uma boa forma de eleições”.

A mesma opinião tem Agostinho Kamuango, secretário geral da JURA, que defende reformas na organização do topo à base, e defende uma maior abertura para as organizações juvenis.

“É importante que haja mais abertura porquena forma atual o CNJ não vai representar a juventude angolana e esta forma não é a melhor para eleições dos seus órgãos”, conclui.

Por seu lado, Mfuka Muzemba, jurista e analista político que acompanha a dinâmica daquela organização desde a sua fundação, a 4 de Outubro de 1991, defende alterações profundas na organização, que acusa ter estado semprea reboque do MPLA.

“Com este CNJ, nunca a juventude vai fazer ouvir a sua voz, é importante uma revolução profunda e que não seja mais um instrumento do partido no poder”, reafirma.

Nesta segunda-feira, 27, no arranque do período de apresentação das candidaturas, Isaías Calunga, com 26 assinaturas, apresentou a sua, garantindo praticamente a eleição num universo de 34 membros.

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