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Organizações da classe criticam medida de coação contra director executivo da rádio Capital FM em Bissau

Organizações da classe criticam medida de coação contra director executivo da rádio Capital FM em Bissau


Instalações destruídas da Rádio Capital FM, Guiné-Bissau
Instalações destruídas da Rádio Capital FM, Guiné-Bissau

Ministério Público dá razão à Empresa de Eletricidade de Águas da Guiné-Bissau que diz ter sido ofendida pelo responsável da rádio quando a estação foi incendiada

O Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau aplicou a medida de coação de Termo de Identidade e Residência ao director executivo interino da rádio Capital FM, Sumba Nansil, na sequência da queixa movida pela Empresa de Eletricidade de Águas da Guiné-Bissau (EAGB), que acusou a emissora de colocar em causa o seu “bom nome”.

Na altura do incêndio, que destruiu os estúdios daquele emissora privada, a 26 de Julho de 2020, os seus responsáveis consideraram ser uma "coincidência absurda" e incompreensível que a EAGB tenha mudado, à força, o contador da energia, dias antes do ataque que aconteceu minutos depois do contador ter sido desligado e a rádio ficdado às escuras, impedindo assim que as câmaras de sugurança gravassem o assalto.

O secretário geral do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) lamenta a decisão do MP e afirma que a EAGB devia ser ouvida pelo facto de não haver electricidade no momento em que a rádio foi vandalizada.

"Para nós não seria a melhor forma de fazer justiça sobre este caso. Era sim normal o ouvir todos os implicados neste processo. Presumimos que a EAGB não foi acusada de ser responsável desta situação, mas o facto de não haver energia naquele momento e da câmara de segurança não ter como funcionar", sustenta Diamantino Domingos Lopes

Para o bastonário da Ordem do Jornalistas, o Ministério Público, enquanto titular da ação penal, devia apurar as veracidade dos factos da vandalização da Rádio Capital CFM, antes de aplicar qualquer medida.

"Enquanto o processo está em curso, eu acho que Ministério Público não devia posicionar-se desta forma. Pensamos que primeiramente o Ministério Público devia apurar a veracidade dos factos, sobre a vandalização da Rádio Capital CFM, para depois tomar uma posição. Não sabemos porque eles tomaram esta decisão", afirma António Nhaga.

Diamantino Lopes classifica de “fuga em frente”, a decisão MP por não ter constituído ninguém como suspeito depois da vandalização da rádio.

O ataque à rádio

A 26 de Julho de 2020, a emissora Capital FM foi destruída por um grupo de homens fardados e armados.

Na altura, não havia energia elétrica na estação devido à interrupção repentina do contador pré-pago colocado “à força” pela EAGB horas antes do ocorrido.

Até então, ninguém foi indiciado na investigação que está a ser levada a cabo pela Polícia Judiciária.

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